Artesanato Típico
Foi-se o tempo que era fácil encontrar artesanato local como miniaturas de barcos em madeira, miniaturas de moinhos de cana, canoas, redes para camarão e tapetes de saco de estopa bordados. Não há mais artesãs da terra e o jovens não tem mativeram a tradição. Muito do que se pode comprar é trazido de fora pelos comerciantes, coisas que se poderia achar em qualquer outro lugar turístico não fosse pela personalização escrita “Ilha Grande”.
De qualquer maneira fica aqui a informação que o artesanato típico são objetos relacionados ao mar feitos com conchas, caramujos, ostras, cipós, bambú, barro, madeira. Se você quer levar uma canoa pra casa, em Saco do Céu, tem. Mas se você é do tipo discreto, lá você também encontrará colares de caramujos e artesões de vassouras.
Os caiçaras nativos
A Cultura Caiçara é a característica social mais marcante. Os nativos que viveram no início da colonização da Ilha Grande tiveram influências indígenas (Tamoios), portuguesa, espanhola, africana, Inglesa, holandesa e francesa. Até 100 anos atrás, viviam da pesca e plantio de lavouras do que precisassem para sobreviver.
As primeiras construções
Eram feitas de pau a pique (bambu, cipó e barro), cobertura de sapê ou telhas de barro tipo canal “feito nas coxa” da perna do homem. As telhas daquela época não seguiam um padrão de tamanho porque eram moldadas sobre as pernas, e assim variavam de um trabalhador para outro. Por esse motivo, esta expressão passou a ser usada genericamente para tudo que era feito sem padrão, de qualquer jeito.
O piso dessas casas e comércios era de terra batida, as canalizações de bambu e a iluminação com tochas ou lampiões. As construções duravam cerca de 100 anos, quando bem feitas. Ainda hoje existem várias dessas habitações espalhadas pela Ilha Grande.
Calango, a dança tradicional
É um “arrasta-pé” que era dançado tipicamente no chão de terra batida, iluminada por tochas. Os principais instrumentos são a Sanfona e o triângulo. O evento de dançar o Calango tinha o poder de atrair comunidades das praias vizinhas que atravessavam os morros caminhando pelas trilhas com tochas nas mãos. Dançavam até a alta madrugada e, ao retornar, lavavam-se nas cachoeiras e córregos, por causa da poeira que a dança levantava. Hoje em dia, o Calango praticamente não está presente na vida das comunidades. Você vai encontrar muitos eventos com a presença do forró, nas pousadas, bares e festas por toda Ilha Grande.
Costumes antigos
– Esperar pela lua cheia: A comunidade reunia-se em frente à igreja, para conversar, tomar café com bolo de fubá e de mandioca para apreciar a beleza da Lua;
– Velar pelos mortos: Todas as segundas-feiras, os moradores da Vila do Abraão acendiam velas para os mortos no cruzeiro existente na frente da igreja de São Sebastião.
Curiosidade
Os presidiários fugitivos da colônia Penal de Dois Rios (antigo presidiário desativado da Ilha Grande) embrenhavam-se na mata na tentativa de escaparem da pena. Alguns morriam por ferimentos ou envenenamento por frutas, outros entregavam-se nas praias em péssimo estado físico e muitos eram capturados pelas diligências policiais. Os presos mais experientes usavam seus calçados invertidos nos pés (o calcanhar no lugar dos dedos) na tentativa de confundir o sentido que realmente seguiam ao caminhar pelas trilhas.
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