Tráfico e contrabando de escravos africanos.
Foi entre 1510 e 1540 que se iniciou o tráfico de negros africanos para o Brasil . O contrabando de escravos foi feito pelos corsários e piratas ingleses, holandeses e franceses na costa da baía da Ilha Grande. A estadia dos traficantes era de pouca duração. Procedido o desembarque, os escravos eram conduzidos, clandestinamente, para as imediações de Paraty.
No século XVIII, eram rotineiros os desembarques nas enseadas das Palmas e do Abraão, locais que eram habitados por gente pobre que vivia em palhoças e onde existiam também fazendas que exploravam a mão de obra negra. Registros apontam que em 1837, um total de 524 negros foram desembarcados na praia de Dois Rios, onde havia uma grande fazenda. Por fonte histórica não identificada temos conhecimento de que em frente à fazenda foram incendiados dois navios e que sua carga de escravos ficou escondida na toca das cinzas, por vários dias. A trilha T16, Dois Rios – Parnaioca passa ao lado da toca das cinzas.
Na primeira metade do século XIX, os portugueses começaram a ser pressionados pelos ingleses a proibirem e combaterem o tráfico de escravos. Os ingleses tinham grande interesse na industrialização, que surgiu com a invenção da máquina a vapor, por James Watt. Com isso, foi intensificada a fiscalização na costa, que não funcionava na prática, pois as autoridades portuguesas tinham interesse econômico no tráfico. Foi quando em 1850, Portugal decidiu cooperar com os Ingleses e tornou realmente eficaz o patrulhamento feito nas enseadas de Lopes Mendes, Palmas, Abraão e Estrelas, tendo nesta última, a Marinha mantido um posto avançado.
>> Continua… A pirataria.
Bibliografia:
Está página e outras tem como referência:
Apontamentos para a história do Rio de Janeiro, Angra dos Reis e Ilha Grande.
Carl Egbert Hansen Vieira de Mello
Projeto Ilha Grande
Secretaria Municipal de desenvolvimento econômico, social e planejamento.
Governo Neirobis Kazuó Nagae.